Dia 3/10, após longo período de ruas sujas, jingles chatos e promessas vazias, temos eleições. Como o voto é obrigatório, e já que vai ter de ir lá mesmo, pegue alguns macetes.
Com que roupa...
Nem pense em fazer do feriado eleitoral um dia especial se ‘embecando’ todo(a). Com o calor chegando, bote uma roupinha leve e, pelamordedeus, não caia na besteira de usar cores temáticas (vermelho e verde, nem pensar) se não quiser ter que discutir ideologia com algum
fanático de plantão. As mulheres devem evitar saias curtas, porque no caminho até a urna os cabos eleitorais ficam procurando qualquer buraco para enfiar o mastro da bandeira do partido. Roupa branca também não é recomendável, porque, como os políticos também votam, você pode esbarrar em um deles e se sujar.
Lei molhada e boquinha de urna…
O ideal, para quem vai votar logo cedo, é já sair comido de casa. E é bom sair cedo para pegar o pessoal menos bêbado. Sim, porque na Bahia não vai haver ‘Lei Seca’ (que proíbe comércio e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição). Mas, enfim, se você tiver mesmo que fazer sua ‘boquinha de urna’ na rua, evite os churrascos de gato e os cachorros-quentes (a mistura de gato – de direita – & cachorro – de esquerda – costuma ser indigesta para quem vai votar). Caldo de cana, pode tomar, já que ninguém pode ser preso no dia da eleição. Só em flagrante. E não coma pilha de ninguém!
Cuidados especiais…
1 - Esta votação tem números demais (19 dígitos). Então, nem pense em votar rapidinho e ir embora. Além das filas enormes, os velhinhos passam na frente e ficam um tempão matracando. Convém levar um passatempo, como gibi. Joguinho de celular também serve.
2 - Não leve nada de valor, porque os assaltantes (inspirados não se sabe em quem) também trabalham neste dia.
3 - Não peça ajuda a ninguém. Urna eletrônica é mais perigosa que caixa eletrônico.
Coitado do mesário…
Mas, se o voto obrigatório é ruim, o que dirá o mesário? O pobre coitado, além de ser obrigado a votar, é obrigado a ficar o dia todo trabalhando para a eleição. Dizem que é bom: o prazer do dever cívico. Mas, então, por que não botam os candidatos para cumprirem a função, já que eles querem tanto servir ao País? Drummond podia fazer o seu poema assim: “Quando nasci, um anjo torto disse: vai Carlos ser mesário na vida”. Parece coisa de má sina. Não é à toa que o mesário trabalha na zona (eleitoral).
Por James Martins – Jornal da Metrópole.
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